sábado, julho 11, 2009

Galinha Doida! - Vídeo engraçadíssimo para o projeto "Mapa do Brincar" - Folha de São Paulo

Vocês já ouviram falar no projeto "Mapa do Brincar" da Folhinha - o suplemento infanto juvenil da Folha de São Paulo? É uma pesquisa super bacana, que vai reunir, estudar e divulgar brincadeiras de crianças de todas as partes do país.

Em minhas viagens pelo interior do Brasil, aprendi diversas brincadeiras. Você podem assistir a um vídeo com duas delas que recolhi na cidade de Lajinha, no interior de Minas Gerais. Clique na imagem para assistir e não deixe de visitar o blog da Folhinha para conhecer mais sobre o Projeto Mapa do Brincar.



Aqui, reproduzo o artigo da jornalista Gabriela Romeu sobre o vídeo:

"Cadê o milho?

O Mapa do Brincar não “coleciona” só brincadeiras, mas também muitos amigos-parceiros. O escritor, ilustrador e violeiro Fábio Sombra é um deles. Na última viagem ele que fez para o interior de Minas Gerais, onde tem seu “ranchinho” (com charrete e tudo!), ele colheu duas brincadeiras para o projeto. Foi lá pelas bandas da comunidade do Córrego do Carvalho, em Lajinha (MG), que ele conheceu a curiosa brincadeira da “galinha doida”, apresentada pelos irmãos Daniel, 11, e Otávio Sanglard, 7. Alguém pode até achar que é maldade com os animais, mas não é, não. Crianças da roça têm outra relação com os bichos e a natureza.

Nas suas andanças pela região, Fábio ouvia certa vez uma brincadeira cantada: “pão na casa do João”. “Ouviu pela primeira vez na carroceria de um caminhão que nos levava a uma folia de reis. Para passar o tempo, alguém puxa a musiquinha, e a brincadeira dura por um bom tempo”, conta. Essa foi apresentada por Otávio Sanglard, 7, e Murilo Moreira, 10.

AINDA DÁ TEMPO DE MANDAR SUA BRINCADEIRA E SEU VÍDEO PARA O PROJETO.

As inscrições para o Mapa do Brincar vão até o dia 19 de julho. Participe!"


terça-feira, julho 07, 2009

Vídeo - Fábio Sombra e sua viola na Flip

Assistam aqui aos instantes finais da mesa " Descobrindo a literatura de cordel" na Flip. Um momento emocionante, com o público cantando e acompanhando com palmas a canção "Peixinhos do Mar". Na mesa, Fábio Sombra e Jô Oliveira discutiram os novos rumos da literatura de cordel para crianças e jovens. A mesa teve mediação da competente Gisela Ferreira e grande participação do público.

Ao final, cantoria, viola e muita emoção!

segunda-feira, julho 06, 2009

Fábio Sombra na Flip 2009 - I




Terminou ontem a edição de 2009 da Flip - Festa literária internacional de Paraty. Foram quatro dias de encontros, mesas, debates e apresentações para um público super interessado e participante.

Nesses dias, pude conhecer melhor muitos colegas escritores e ilustradores. Conversei com editores e, sobretudo, pude ter um contato bem próximo com leitores, com educadores e o público em geral.

Ser convidado para a Flip é um sonho para qualquer autor. A organização é impecável e, como se tudo isso não bastasse, o cenário é perfeito: o casario colonial emoldurando a festa, o calçamento de pedra da cidade repleto de gente, cheiros e cores. Artistas de rua fazendo performances por todos os lados, os restaurantes, cafés e livrarias animadíssimos... Realmente uma festa.

Acabou. mas no ano que vem tem mais...

Nas fotos vemos:

1. O autor, com a ponte do centro histórico ao fundo.

2. Vista panorâmica da cidade.

3. Uma foto do almoço de abertura do festival. Da esquerda para a direita, Jô Oliveira, Fábio Sombra, Anna Rennhack, Lourdinha Mendes, Veronica lessa e Rosana Rios. Em primeiro plano, Iskra Oliveira e Anna Claudia ramos.

4.Fábio Sombra e um trabalho de alunos sobre o livro "A peleja do violeiro Magrilim com a formosa princesa Jezebel".

Fábio Sombra na Flip 2009 - II




Participei de muitas atividades na Flip: mediação de leitura, oficina de cordel, uma mesa sobre a descoberta do cordel (com o Jô Oliveira), a grande mesa com os autores da Flipinha e um quadro no programa Rádio Maluca, do apresentador Zé Zuca, gravado ao vivo de Paraty.

Nossa... Foi o tempo inteiro correndo da pousada para a biblioteca, da biblioteca para a tenda da Flipinha, de lá para o almoço, do almoço de volta a tenda...

E, de noite, jantar, confraternização com os amigos... Acho que vou precisar de uma semana de repouso para me recuperar...

Imagens da Flip






Aqui, algumas imagens da cidade de Paraty durante a festa literária, com destaque para os bonecos gigantes de papier-maché e cenas das ruas, restaurantes e bares apinhados de gente.

Se você não foi este ano, não deixe de ir no ano que vem. E leve as crianças!

Tudo lindo de morrer!

Fábio Sombra no Prosa & Verso

Reproduzi aqui a matéria sobre a mesa de Cordel infanto-juvenil na Flinha com a presença de Fábio Sombra e Jô Oliveira, que saiu no Prosa e Verso Digital. Ou, se preferir, clique aqui no link para o suplemento Prosa e Verso Digital do jornal O Globo e leia a matéria original.

"Nas seis edições anteriores da Flip, a literatura de cordel era representada apenas pelos seus cordelistas que, anonimamente, faziam diversas performances para se fazer enxergar e vender seus folhetos pelas ruas de Paraty. Nesta 7ª edição, a história é diferente. A poesia popular ilustrada por xilogravura ganhou um espaço especial na Flipinha, evento paralelo voltado para o público infanto-juvenil.

No fim da tarde deste sábado, o painel “Descobrindo a literatura de cordel” debateu a importância das modernizações neste tipo de literatura, feitas para valorizá-la e torná-la mais atraente para o mercado editorial. Diante das mudanças, a coordenadora da Flipinha, Gabriela Gibrail, reconhece que a inclusão da temática na Fliplinha foi tardia:

- Há muito tempo queria colocar, mas de uma maneira que causasse impacto. Sei que foi tarde, mas queria uma situação que alinhasse com o homenageado da Flip. Como Manuel Bandeira é pernambucano, onde é forte a cultura do cordel, acredito que é uma grande homenagem.

Entre uma rima e outra, sempre com a contribuição das crianças que lotavam o espaço, o escritor Fábio Sombra e o ilustrador Jô Oliveira defenderam as sofisticações pelas quais o cordel tem passado.

- Era difícil um jovem acostumado com publicações bem diagramadas se interessar pelo cordel. Agora, os livros vêm numa linguagem específica para as crianças, com temáticas do universo delas, além das ilustrações – afirmou Fábio Sombra, que lançará seu 10° livro no segundo semestre deste ano.

Surpreso, Sombra acredita que esse renascimento das histórias cantadas se deve ao fato de os professores terem reconhecido o potencial do cordel para despertar o interesse dos pequenos pela leitura.

- A literatura de cordel estimula a leitura, apresenta às crianças novas possibilidades de narrativa, estimula a percepção de ritmo, amplia o vocabulário, estimula a expressão oral, além de valorizar a cultura popular brasileira.

* Fabiana Paiva faz parte do Programa de Estágio Boa Chance, do jornal O GLOBO"

domingo, julho 05, 2009

Cordel em Cores e sem Regionalismos

Olha que bacana essa matéria sobre a nossa mesa "Descobrindo o cordel".

Reproduzimos aqui o texto, mas, se vocês preferirem, podem clicar no link do Blog da Flipinha e acessar diretamente da fonte. O Blog está muito bacana e traz matérias sobre tudo o que aconteceu no evento.


"Cordel em Cores e sem Regionalismos

Como avisou Gabriela Gibrail, coordenadora da Flipinha, antes da terceira Ciranda de Autores neste sábado, “durante muito tempo a literatura de cordel nem foi considerada literatura”. Agora é: em cores, em livros grandes e vistosos e com linguagem familiar para o jovem contemporâneo, como demonstraram cabalmente o autor-cantador Fábio Sombra e seu parceiro ilustrador Jô Oliveira. Jô até fez o pavão que ilustra o palco da Flipinha e que até já foi um selo postal. “Além disso, estamos no centenário do maior cordelista de todos, o Patativa do Assaré”, festejou Gabriela. “Portanto, este é o melhor momento para introduzir a literatura de cordel na Flipinha.”

Mas quem sabe o que é cordel? Para ensinar a quem não sabe, Fábio pediu dois voluntários na platéia – duas meninas, uma das quais foi um poste e a outra, uma árvore. Entre as duas, ele instalou um cordel, sinônimo de cordinha, e nele pendurou vários livrinhos de cordel. As histórias de cordel que Fábio compõe, contudo, não são impressas em papel jornal, nem ilustradas com xilogravuras, como quer a tradição. Jô lembrou que recentemente os cordelistas descobriram que podiam levar o cordel à sala de aula e que, no ano passado, o governo federal comprou vários títulos. “Também houve cordel no Salão do Livro Infantil do Rio de Janeiro e só este ano já lancei cinco livros de cordel”, disse Jô, que tem ilustrado versões de clássicos da literatura mundial, como Dom Quixote e MacBeth, para o cordelista J. Borges.

Fábio explicou, em seguida, o que diferencia o cordel de qualquer outra obra em verso, livre ou não. “O cordel tem uma métrica muito rigorosa”, disse ele. “Ele é composto de sextilhas, ou seja, estrofes de seis versos, onde o segundo, o quarto e o sexto verso devem rimar.” O autor está agora empenhado em projeto comum com Jô Oliveira: selecionar, escrever na métrica do cordel e ilustrar os grandes mitos brasileiros. “Já escrevi o Saci Pererê”, alegrou-se Fábio, que encerrou a Ciranda com a leitura e cantoria de seu livro A peleja do violeiro Magrilim com a formosa princesa Jezebel. Jô, por sua vez, fez sortear dez exemplares de cordéis tradicionais, com a recomendação de que os ganhadores levassem os livretinhos à sala de aula. Jô também recomendou visitas ao site da Associação Brasileira de Literatura de Cordel."