terça-feira, junho 29, 2010

Tocando rabeca na roça...



Aqui estou eu - acompanhado por meu primo Henrique - tocando rabeca no interior de Minas Gerais. Esta rabequinha é a Serafina, minha paixão mais recente. A rabeca Serafina foi construída sob encomenda para mim pelo mestre Nilton Maia, de Justinópolis -MG. O Nilton, aliás, é irmão de outro grande mestre construtor de violas, o Roberto Dimathus. O projeto desta rabeca incorpora uma série de adaptações que discutimos juntos até que chegássemos a este instrumento com som único e muito gostoso de se tocar.

Houve um tempo em que rabecas e violas eram os instrumentos musicais mais importantes no sertão brasileiro. Eram essas duas que animavam os bailes e davam vida aos festejos religiosos, às folias de reis, congados e cirandas. Aos poucos, a rabeca foi sendo substituida pelos acordeons e sanfonas, mais precisos e com maior volume de som. Felizmente, hoje em dia a rabeca está passando por um processo de redescoberta e tem despertado o interesse de estudiosos e pesquisadores. Aliás, vários grupos de música folclórica e de raiz já a estão utilizando e jovens músicos passaram a se interessar pelo instrumento.

Eu mesmo, me apaixonei de vez pela rabeca no final do ano passado, quando visitei, em Alagoas, o mestre Nelson da Rabeca. Comprei um de seus instrumentos e, após um breve início de aprendizado, já compus e gravei em estúdio (com meu amigo Sérgio Penna fazendo as partes de viola) um "toquinho" de rabeca chamado "Esquenta Comadre".

Ao contrário do que muitos dizem, a rabeca NÃO é um violino mal acabado. Ela é uma antecessora, ou mesmo uma "prima" do violino. Foi trazida pelos colonizadores portugueses e aqui no Brasil ganhou diversas formas, afinações e técnicas de construção. Seu timbre é meio fanhoso e rouco, mas de grande beleza. E vocês precisam ver como é boa pra se animar um baile de roça. Eita!

Nota: São estas experiências, adquiridas em minhas viagens e pesquisas de cultura popular, que fornecem os temas e a inspiração para os livros que escrevo. Muitas destas histórias maravilhosas estão escondidas em recantos distantes dos grandes centros e é com um grande orgulho que tentamos trazer todo este universo para as crianças e jovens urbanos...

quinta-feira, junho 17, 2010

Lançamento do livro "João Valente" no Salão da FNLIJ

Dia 14 teve lançamento do livro João Valente no Salão do Livro Infanto Juvenil, aqui no Rio. Conversei com uma enorme plateia de crianças da rede pública e fiz uma leitura do livro, entremeada de perguntas e com muita participação dos jovens leitores.

É fascinante observar como esta história, escrita na Hungria, no século 19, traduzida por mim e adaptada para versos de cordel, consegue manter toda a sua magia e fascínio. É o que costumo dizer:

"Muda-se a forma, mudam-se os tempos, mas uma história, quando é boa de verdade, suplanta todas estas barreiras e se torna eterna. É o que chamamos de "clássico"
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quarta-feira, junho 09, 2010

Salão do Livro Infanto-Juvenil FNLIJ 2010



Ontem foi uma noite de encontros com amigos autores, editores, distribuidores e profissionais do mercado do livro infanto-juvenil. Depois da premiação e do tradicional coquetel, saímos para uma agradável confraternização na Academia da Cachaça, no Leblon. Hoje cedo já estávamos de volta ao Salão para o lançamento do livro novo do meu amigo Marcelo Xavier. Este salão promete e já na segunda feira estaremos lá para o lançamento do meu mais recente: João Valente.

Nas fotos: Confraternização no Leblon com meus editores Alencar e Lourdinha, da Editora Lê, Ângela e Denize da Casa de Livros (SP), Marcelo Xavier, Anna Rennhack e amigos editores de Minas.

Abaixo: Alencar, Lourdinha, Tiago de Melo Andrade e Fábio Sombra no Salão do Livro.